Pular para o conteúdo principal

Trigêmeas mudam tradição indígena

A Tarde, 03.07.2009Trigêmeas mudam tradição indígena
REDAÇÃO E AGÊNCIA O GLOBO São Paulo e Manaus
Trigêmeas, nascidas há menos de um mês na AldeiaIanomâmi de Ariabú, em Maturacá, no Amazonas,terão um destino menos infeliz do que a maior parte dosíndios que vieram ao mundo nesta condição em tribosdesta etnia na região.
É que, conforme a crença ianomâmi, gêmeosrepresentam o bem e o mal e são sacrificados ao nascer. Osmétodos variam entre abandono, sufocamento e envenenamento.No caso destes de agora, houve quebra de um tabu – o paiquis ficar com as crianças e a própria comunidade semostrou disposta a ajudar o casal.
A mãe, a índia Danila, que deu à luz àstrigêmeas de cesariana, está na Casa de Saúde doÍndio em Santa Izabel do Rio Negro ao lado das filhas. Todosdevem ter alta em duas ou três semanas.
A Fundação Nacional de Saúde (Funasa), responsávelpela saúde dos índios na região, vai mandar umatécnica de enfermagem para a aldeia. "Se as meninas tivessemnascido entre os ianomâmis de Roraima, por exemplo,dificilmente teríamos conseguido atendê-las. Lá, astradições são preservadas. Mas as tribos do Amazonassão diferentes", explicou Joana Claudete Schertz, da Funasade Roraima, responsável pelos ianomâmis da Amazônia.
A mãe das trigêmeas até rejeitou uma menina queestava mais fraquinha, mas o pai insistiu que queria acriança. "As crianças vão para a aldeia assim queganharem peso".
A índia Danila tem outros sete filhos. "Certamente ela vaiprecisar de ajuda e vamos acompanhar de perto. Mas o pai e orestante da família se comprometeram a ajudar", diz Joana,que afirmou ser o primeiro caso de trigêmeos que ela conheceentre os ianomâmis. Joana diz ainda que as criançasestão bem e receberam muitas doações de fraldas eroupas.
Casos como o da Aldeia Ariabú, em que toda a comunidade rompecom tradições milenares, são ainda uma exceçãoentre os ianomâmis. Não há dados precisos sobreinfanticídio em tribos brasileiras, mas sabe-se que a maioriados casos entre os ianomâmis acontece por este motivo.

Comentários

Postagens mais visitadas deste blog

HETERAS: AS ÚNICAS MULHERES LIVRES DA GRÉCIA ANTIGA

Conheça as mulheres que ofereciam prazeres amorosos e intelectuais a homens OTÁVIO URBINATTI  PUBLICADO EM 12/06/2019, ÀS 08H00 Crédito: Wikimedia Commons No centro do tribunal, uma das mais belas mulheres da Grécia Antiga estava entre a vida e a morte. Os conselheiros do Areópago, o tribunal ateniense, tinham em mãos o destino de uma semideusa acusada de impunidade, o que era motivo de traição para os moradores da cidade-estado. Por sorte, Hipérides, um dos mais renomados oradores na Ágora (onde se realizavam as assembleias e reuniões públicas), foi convidado para defender a ré com mais um de seus sublimes discursos. O júri, no entanto, parecia não estar convencido e pretendia mesmo assim tomar uma decisão contrária. Seria o fim de uma divindade? Um gesto desesperado do advogado levou a impiedosa para o centro, rasgou seu manto e expôs seus seios diante do plenário: a pele branca reluzida por todo o salão era um último apelo a tamanha beleza. A perfeição para os gregos era uma dádiva

O preço da beleza na Grécia antiga.

  Da Redação 02/08/2020 15h00 Afrodite Helena de Tróia Na Grécia antiga, as regras da beleza eram todas importantes. Os gregos acreditavam que um exterior perfeito escondia uma perfeição interior. Para eles, um corpo bonito era considerado evidência direta de uma mente bonita. Aqueles que tinham tempo livre podiam passar até oito horas por dia na academia. As mulheres gregas antigas tinham Afrodite como seu ídolo, a Deusa do amor e da beleza. Todas as mulheres e especialmente as que moravam em Atenas eram obcecadas por segredos de maquiagem e embelezamento. Mulheres ricas tinham seu laboratório de maquiagem pessoal. Garrafinhas com perfumes e essências, alfinetes, pinças, pentes, espatulas de madeira, colheres e espelhos cheios de ingredientes preciosos que os faziam parecer mais bonitas. Outras mulheres compravam todos os produtos de maquiagem necessários nas farmácias de seu tempo. A pele pálida era um sinal de riqueza para as mulheres aristocráticas e casadas, pois eram obrigadas a

Tuitaço mobiliza sociedade civil contra Lei Geral da Copa

24/02/2012 | Redação Carta Maior O Instituto Brasileiro de Defesa do Consumidor (Idec) e os Comitês Populares da Copa estão conclamando a sociedade a participar da campanha "Fifa, abaixa a bola", que pressiona os deputados, através de milhares de mensagens pela internet, pela não aprovação do Projeto de Lei Geral da Copa (PL 2330/11). As entidades apontam pontos críticos do projeto que podem trazer sérios prejuízos à sociedadde durante a realização da Copa do Mundo de 2014. O Instituto Brasileiro de Defesa do Consumidor (Idec) e a Articulação Nacional dos Comitês Populares da Copa (Ancop) organizam tuitaço na próxima segunda-feira (27/02) contra os abusos a direitos trazidos pelo Projeto de Lei Geral da Copa (PL 2330/11). O mote da campanha é #Fifabaixabola. Na iminência da visita do presidente da Fifa, Joseph Blatter, que pressiona pela aprovação votação do substitutivo do deputado Vicente Cândido (PT-SP), sobre a Lei Geral da Copa (PL 2.330/11), as organizações