Pular para o conteúdo principal

HÁ 230 ANOS, ERA DESCOBERTA A IMPRESSIONANTE PEDRA DO CALENDÁRIO ASTECA

 

MATÉRIAS » ARQUEOLOGIA

HÁ 230 ANOS, ERA DESCOBERTA A IMPRESSIONANTE PEDRA DO CALENDÁRIO ASTECA

A revelação do fascinante artefato de 25 toneladas representou um grande marco para a história

GIOVANNA GOMES PUBLICADO EM 17/12/2020, ÀS 00H00 - ATUALIZADO ÀS 09H41

A famosa Pedra do Sol
A famosa Pedra do Sol - Wikimedia Commons

Neste dia, há exatos 230 anos, trabalhadores que realizavam reparos na Cidade do México fizeram uma importante descoberta que viria a ser conhecida como a Pedra do Sol.

A estrutura esculpida em forma de disco com cerca de quatro metros de diâmetro e 25 toneladas representou uma grande conquista para a história. 

A descoberta

Na época da descoberta, século 19, o México já se encontrava livre do domínio do Império Espanhol, e, assim, como os demais países da América hispânica, desenvolveu um apreço pelo seu passado indígena, devido à necessidade de modelos para a criação de uma identidade nacional.

Dessa forma, o General Porfirio Diaz exigiu que a pedra, colocada no interior de uma Catedral após a grande descoberta, fosse enviada ao Museu Nacional de Arqueologia e História em 1885, onde se encontra até hoje.

O local recebe mais de dois milhões de visitantes por ano, os quais são atraídos pelo calendário e demais artefatos que permitem o conhecimento da história da civilização asteca.

Como funciona?

O calendário asteca foi elaborado entre 1427 e 1479. Entretanto, ao contrário do que se possa pensar, não foi usado apenas para medir o tempo, mas também como um altar de sacrifícios humanos dedicado a Tonatuih, o Deus Sol que aparece no centro do artefato.

Detalhe da espessura / Crédito: Getty Images

 

Além disso, não se tratava de apenas um calendário, mas de dois sistemas utilizados pela civilização para se situar no tempo.

O primeiro deles, chamado xiuhpohualli, é classificado como ano solar ou ano agrícola, já que possui 360 dias e descreve rituais relacionados com as estações do ano. É dividido em 18 meses de 20 dias cada.

Já o segundo, conhecido como tonalpohualli, é um calendário ritual e tem 260 dias. Ele é dividido em 20 símbolos divinos que contêm 13 dias cada um. Juntos, os ciclos formavam uma espécie de "século" de 52 anos.

Calendário Asteca no Museu Nacional de Arqueologia e História, 1930 / Crédito: Getty Images

 

A cada período, o ano novo dos dois ciclos coincidia, de modo que os sacerdotes realizavam um ritual de sacrifício no centro do artefato com o objetivo de fazer com que o sol brilhasse por mais um ciclo. Esse ritual era conhecido como Novo Fogo e durava 12 dias.

Na visão dos astecas, isso era necessário porque o universo estaria num equilíbrio muito delicado, que estaria em perigo constante de ser interrompido, já que, segundo a crença, diferentes forças divinas estariam incessantemente competindo pelo poder. Assim, o ritual servia para deslocar os poderes dos deuses.


+Saiba mais sobre o Império Asteca através das obras abaixo

Breve História dos Astecas - Coleção Breve História, Marco Antonio Cervera Obregón (2014) - https://amzn.to/2Z0YnWT

Calendarios Mesoamericanos: Maia, Asteca E Inca, Pdj Pedro Detizio Junior (2014) - https://amzn.to/2Pvjptz

Relatos Astecas Da Conquista, Georges Baudot e Tzvetan todorov (2019) - https://amzn.to/2RZmHag

A civilização Asteca, de Jacques Soustelle - https://amzn.to/2Et5opW

Vale lembrar que os preços e a quantidade disponível dos produtos condizem com os da data da publicação deste post. Além disso, a Aventuras na História pode ganhar uma parcela das vendas ou outro tipo de compensação pelos links nesta página.




https://aventurasnahistoria.uol.com.br/noticias/reportagem/a-descoberta-pedra-do-calendario-no-mexico.phtml

Comentários

Postagens mais visitadas deste blog

FESTIVAL DE MÚSICA PARQUE SUCUPIRA

FESTIVAL DE MÚSICA PARQUE SUCUPIRA - A GRANDE FINAL É AMANHÃ!SÁBADO, 13 DE JUNHO DE 2009A partir das 19h, Estacionamento da UnB - Planaltina DF01 - Aroldo Moreira - "Paralelepípedo e outras proparoxítonas"02 - Diga How - "Quem lê, viaja"03 - Etno - "A mesma dor"04 - Kleuton e Karen - "Quando a peteca cair"05 - Malwe Djow - "Deus e o Diabo na Terra- Parte II06 - Martinha do Coco - "O Perfume Dela"07 - Máximo Mansur - "Concréticas"08 - Os Sambernéticos - "Meus Brasis"09 - Vytória Rudan - "Planador"10 - Zé do Pife e as Juvelinas - "Homenagem ao Mestre"COMPAREÇA! Traga a turma, assista ao vivo às apresentações finais e torça para a sua música favorita. ENTRADA GRATUITA!MAIS INFORMAÇÕES: http://festivalparquesucupira.blogspot.com/ O Festival de Música é realizado pela Rádio Comunitária Utopia FM de Planaltina-DF e ocorrerá na cidade.

Maias, astecas, incas e olmecas: quais são as diferenças?

Maias, astecas, incas e olmecas: quais são as diferenças? Por  Bruno Calzavara , em 6.11.2013 Escultura olmeca As civilizações olmeca, maia, inca e asteca são algumas das maiores civilizações antigas da história, e mesmo assim sabemos muito pouco sobre eles, em comparação com outras partes do mundo. Os olmecas, em especial, são frequentemente esquecidos por completo, enquanto o resto costuma ser aleatoriamente agrupado como se fizessem parte de um povo só – embora eles tenham sido grupos completamente distintos entre si. Maias, astecas, incas e olmecas: conheça as diferenças Em suma, os maias surgiram primeiro e se estabeleceram na região que hoje corresponde ao México moderno. Em seguida, vieram os olmecas, que também habitaram o México. Eles não construíram nenhuma grande cidade (talvez por isso tenham caído em relativo esquecimento), mas dominaram a região e formaram um povo próspero. Eles foram seguidos pelos incas, no Peru moderno e, finalmente, surgiram os astecas, que também...