Descoberta de pedras usadas para amassar grãos e raízes indica que humanos tinham dieta mais sofisticada do que se imaginava no Paleolítico Humanos há cerca de 30 mil anos não comiam apenas carne e tinham uma dieta mais diversificada do que se estimava. Um novo estudo descobriu um importante consumo de vegetais em indivíduos no Paleolítico europeu.
O trabalho será publicado esta semana no site e em breve na edição impressa da revista "Proceedings of the National Academy of Sciences" (PNAS).
O Paleolítico é uma era pré-histórica que se estende da introdução de ferramentas de pedras por hominídeos como Homo habilis, há cerca de 2,5 milhões de anos, até o início da agricultura, há aproximadamente 12 mil anos.
Até agora achava-se que a subsistência no Paleolítico europeu tivesse sido baseada em proteína e gordura animal, com raras evidências de consumo de plantas. Mas em estudo feito a partir de sítios arqueológicos na Itália, Rússia e República Tcheca, um grupo de cientistas desses países descobriu grãos de amido em pedras de cerca de 30 mil anos.
Os padrões de desgaste nas amostras e a presença de amido, verificada a partir de análise com microscopia óptica e eletrônica, permitiram concluir que as pedras foram utilizadas para amassar raízes e grãos, de modo similar ao empregado em um pilão para fazer farinha.
Segundo o estudo de Anna Revedin, do Istituto Italiano di Preistoria e Protostoria, na Itália, e colegas, os resíduos de vegetais nas pedras parecem ser principalmente de plantas ricas em carboidrato e energia.
A descoberta, de acordo com os autores, indica que o processamento de alimentos e a produção de farinhas eram comuns na Europa no período.
O artigo "30,000 year old flour: new evidence of plant food processing in the Upper Paleolithic" (doi/10.1073/pnas.1000948107), de Anna Revedin e outros, poderá ser lido em breve por assinantes da "PNAS" em www.pnas.org (Agência Fapesp, 19/10) |
Conheça as mulheres que ofereciam prazeres amorosos e intelectuais a homens OTÁVIO URBINATTI PUBLICADO EM 12/06/2019, ÀS 08H00 Crédito: Wikimedia Commons No centro do tribunal, uma das mais belas mulheres da Grécia Antiga estava entre a vida e a morte. Os conselheiros do Areópago, o tribunal ateniense, tinham em mãos o destino de uma semideusa acusada de impunidade, o que era motivo de traição para os moradores da cidade-estado. Por sorte, Hipérides, um dos mais renomados oradores na Ágora (onde se realizavam as assembleias e reuniões públicas), foi convidado para defender a ré com mais um de seus sublimes discursos. O júri, no entanto, parecia não estar convencido e pretendia mesmo assim tomar uma decisão contrária. Seria o fim de uma divindade? Um gesto desesperado do advogado levou a impiedosa para o centro, rasgou seu manto e expôs seus seios diante do plenário: a pele branca reluzida por todo o salão era um último apelo a tamanha beleza. A perfeição para os gregos era uma dádiva
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