| Editorial da Folha de São Paulo de hoje (15). São ainda insuficientes e tímidos os esforços para melhorar a qualidade do ensino superior no Brasil. Pode-se, entretanto, dizer que, desde o governo Fernando Henrique Cardoso, quando se introduziu o Provão, uma tendência para avaliar com mais rigor o desempenho de faculdades públicas e privadas vinha sendo mantida. Naturalmente, o processo enfrentou resistências de todo tipo. Houve reações corporativas de parte do professorado e manifestações de sectarismo ideológico em setores do movimento estudantil. Com menos estridência, mas forte poder de pressão nos gabinetes, o lobby das faculdades particulares muitas vezes procurou, no Congresso e no Executivo, afrouxar os controles públicos. Para algumas instituições de ensino superior, trata-se menos de construir alguma coisa relevante do ponto de vista educacional ou científico e mais de obter altos rendimentos com a oferta de produtos de péssima qualidade. É sem dúvida a esse tipo de interesses que vem atender projeto de lei na ordem do dia do Senado. Pretende-se eliminar a exigência de 30% de doutores e mestres no corpo docente. Para qualquer padrão aceitável internacionalmente, o mínimo em vigor já seria bastante baixo: menos de um terço dos professores universitários com alguma titulação acadêmica. Não parece baixo o bastante, no entanto, para o relator do projeto, o senador Álvaro Dias (PSDB-PR). A modificação na lei havia sido proposta, inicialmente, pela Comissão de Serviços de Infraestrutura do Senado. Pretendia-se eliminar a exigência de mestrado ou doutorado para os professores em áreas de engenharia e tecnologia. O saber prático substituiria, no caso de profissionais de notória competência, os méritos da titulação acadêmica. A brecha se abriu para que, na Comissão de Educação, Cultura e Esporte, o princípio fosse estendido a todos os cursos. Mesmo que se admita a eventualidade de excelentes professores, com vasta experiência profissional ou importante obra intelectual, não contarem com mestrado ou doutorado, a LDB (Lei de Diretrizes e Bases da Educação) já lhes abre espaço para a carreira docente. Não se determina que todos os professores universitários tenham tal titulação. Bastam 30%. O projeto do Senado esconde mal o verdadeiro propósito: atender aos interesses de faculdades sem compromisso com o ensino de qualidade, que poderão contratar a salário baixo professores alheios a qualquer padrão de excelência acadêmica. | |
Maias, astecas, incas e olmecas: quais são as diferenças? Por Bruno Calzavara , em 6.11.2013 Escultura olmeca As civilizações olmeca, maia, inca e asteca são algumas das maiores civilizações antigas da história, e mesmo assim sabemos muito pouco sobre eles, em comparação com outras partes do mundo. Os olmecas, em especial, são frequentemente esquecidos por completo, enquanto o resto costuma ser aleatoriamente agrupado como se fizessem parte de um povo só – embora eles tenham sido grupos completamente distintos entre si. Maias, astecas, incas e olmecas: conheça as diferenças Em suma, os maias surgiram primeiro e se estabeleceram na região que hoje corresponde ao México moderno. Em seguida, vieram os olmecas, que também habitaram o México. Eles não construíram nenhuma grande cidade (talvez por isso tenham caído em relativo esquecimento), mas dominaram a região e formaram um povo próspero. Eles foram seguidos pelos incas, no Peru moderno e, finalmente, surgiram os astecas, que também...
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