Pular para o conteúdo principal

O preço da beleza na Grécia antiga.

 Da Redação

02/08/2020 15h00

Afrodite

Helena de Tróia
Na Grécia antiga, as regras da beleza eram todas importantes.
Os gregos acreditavam que um exterior perfeito escondia uma perfeição interior. Para eles, um corpo bonito era considerado evidência direta de uma mente bonita.
Aqueles que tinham tempo livre podiam passar até oito horas por dia na academia.
As mulheres gregas antigas tinham Afrodite como seu ídolo, a Deusa do amor e da beleza. Todas as mulheres e especialmente as que moravam em Atenas eram obcecadas por segredos de maquiagem e embelezamento.
Mulheres ricas tinham seu laboratório de maquiagem pessoal. Garrafinhas com perfumes e essências, alfinetes, pinças, pentes, espatulas de madeira, colheres e espelhos cheios de ingredientes preciosos que os faziam parecer mais bonitas. Outras mulheres compravam todos os produtos de maquiagem necessários nas farmácias de seu tempo.
A pele pálida era um sinal de riqueza para as mulheres aristocráticas e casadas, pois eram obrigadas a ficar em casa cuidando da família. A pele bronzeada era para os escravos que trabalhavam o dia inteiro sob o forte sol grego.
Os gregos antigos tiravam o máximo proveito dos ingredientes encontrados na natureza, a fim de cuidar do rosto, cabelo e corpo. Afinal, a palavra cosmético deriva da palavra grega 'Kosmetikos', que significa consciência de harmonia, organização e tranquilidade.
Pós e óleos eram misturados com ingredientes minerais ou vegetais dando às mulheres da época uma grande variedade de produtos de maquiagem para melhorar as linhas e a cor dos olhos, sobrancelhas e lábios.
Elas usavam chumbo branco ou giz para o rosto e vermelho de algas ou solo mineral vermelho para os lábios. Elas também usaram pó de hena, sucos de frutas, lápis de carvão e raiz de vegetais de malva. Elas aumentavam suas sobrancelhas com carvão ou antimônio ralado, que é um mineral metálico cinza. Seus cílios eram polidos com uma mistura de clara de ovo, amônia e resina em vários tons de branco, vermelho, preto, verde e azul. Já está claro que a criatividade não era um problema quando se tratava de beleza.
As mulheres cuidavam da lavagem e modelagem de seus cabelos e costumavam ter cabelos compridos e grossos ja as mulheres que eram cidadãs livres e não escravas preferiam cortes de cabelo curtos, pois isso era um sinal de luto ou de envelhecimento.
O cabelo loiro também era um símbolo de pura beleza na Grécia antiga e, como o povo grego não era loiro, eles inventaram várias maneiras de fazê-lo. Os homens, especialmente, usavam ingredientes naturais como vinagre, suco de limão e açafrão para obter uma cor de cabelo mais clara. Eles queriam perseguir Aquiles e outros heróis famosos da mitologia grega que tinham cabelos loiros. Sabemos que os gregos antigos também usavam cabelos ruivos como sinal de riqueza, reza a lenda que qualquer um que ficasse com um amigo ruivo ou ruiva iluminado pelo sol do Mediterrâneo, receberia algo mágico.
A depilação não começou nos anos modernos, as mulheres da Grécia clássica costumavam remover os cabelos do corpo. Elas usavam lâmpadas de óleo para queimar os cabelos mais longos, enquanto os pelos mais finos eram removidos com lâminas de barbear feitas de cobre ou com pinças e cremes especiais.

A beleza era frequentemente um esporte competitivo. Os concursos de beleza aconteciam regularmente, onde as mulheres eram julgadas enquanto andavam de um lado para o outro.
Helena de Tróia, a rainha espartana foi a maior representante do padrão de beleza, ostentando cabelos loiros, olhos pintados com kohl, tatuagens vermelhas de sóis no queixo e nas bochechas, e vestidos que pareciam cobras. Seus seios  estavam sempre nus ou cobertos por uma gaze.
Helena atraia homens para a cama, para depois matá-los. Sua beleza era uma arma de destruição em massa. Na mente grega a beleza tinha um propósito; era uma realidade ativa e independente. O grande número de espelhos encontrados nas sepulturas gregas mostra que a beleza realmente contava.

 Os produtos básicos que ainda podemos usar hoje:

Os materiais e produtos mais comuns que eles usaram como base para a maquiagem e que ainda hoje são usados ​​em nossos cosméticos eram: azeite e mel.

1- Mel
O mel é um dos ingredientes antibacterianos mais naturais que existe também têm propriedades de clareamento e hidratação.
Uma das preparações mais comuns das máscaras gregas era a mistura de azeite e mel tanto para a face como creme para o corpo. Essa dica de beleza provavelmente deixava suas peles mais brancas e macias.

2- Azeite

O azeite de oliva era chamado de ouro líquido, considerado sagrado e era utilizado de diversas maneiras.
A azeitona é rica em ácidos ômega e tocoferóis que tem um poder anti-inflamatório e antioxidante, mantem a umidade da pele prevenindo a perda transepidérmica de água.
Pode ser usado como óleo corporal (espalhe em todo o corpo após o banho) Não precisa de muito para obter excelentes benefícios hidratantes para a pele.
Receita para os cabelos:
Coloque um pouco de azeite em um pote e aqueça-o no microondas por alguns segundos até ficar morno.
Aplique nos cabelos como um pré shampoo e e deixe-o agir por 20 minutos.
Depois, lave as madeixas com shampoo para remover o óleo e finalize com o condicionador.
Essa preparação pré-lavagem com o azeite vai deixar os fios mais macios.

 Por : Dra Juliana Saab – CRM155.741

https://amauryjr.blog.bol.uol.com.br/2020/08/02/a-beleza-grega-o-preco-da-beleza-na-grecia-antiga/

 

Comentários

Postagens mais visitadas deste blog

HETERAS: AS ÚNICAS MULHERES LIVRES DA GRÉCIA ANTIGA

Conheça as mulheres que ofereciam prazeres amorosos e intelectuais a homens OTÁVIO URBINATTI  PUBLICADO EM 12/06/2019, ÀS 08H00 Crédito: Wikimedia Commons No centro do tribunal, uma das mais belas mulheres da Grécia Antiga estava entre a vida e a morte. Os conselheiros do Areópago, o tribunal ateniense, tinham em mãos o destino de uma semideusa acusada de impunidade, o que era motivo de traição para os moradores da cidade-estado. Por sorte, Hipérides, um dos mais renomados oradores na Ágora (onde se realizavam as assembleias e reuniões públicas), foi convidado para defender a ré com mais um de seus sublimes discursos. O júri, no entanto, parecia não estar convencido e pretendia mesmo assim tomar uma decisão contrária. Seria o fim de uma divindade? Um gesto desesperado do advogado levou a impiedosa para o centro, rasgou seu manto e expôs seus seios diante do plenário: a pele branca reluzida por todo o salão era um último apelo a tamanha beleza. A perfeição para os gregos era uma dádiva

Tuitaço mobiliza sociedade civil contra Lei Geral da Copa

24/02/2012 | Redação Carta Maior O Instituto Brasileiro de Defesa do Consumidor (Idec) e os Comitês Populares da Copa estão conclamando a sociedade a participar da campanha "Fifa, abaixa a bola", que pressiona os deputados, através de milhares de mensagens pela internet, pela não aprovação do Projeto de Lei Geral da Copa (PL 2330/11). As entidades apontam pontos críticos do projeto que podem trazer sérios prejuízos à sociedadde durante a realização da Copa do Mundo de 2014. O Instituto Brasileiro de Defesa do Consumidor (Idec) e a Articulação Nacional dos Comitês Populares da Copa (Ancop) organizam tuitaço na próxima segunda-feira (27/02) contra os abusos a direitos trazidos pelo Projeto de Lei Geral da Copa (PL 2330/11). O mote da campanha é #Fifabaixabola. Na iminência da visita do presidente da Fifa, Joseph Blatter, que pressiona pela aprovação votação do substitutivo do deputado Vicente Cândido (PT-SP), sobre a Lei Geral da Copa (PL 2.330/11), as organizações